Afinal… dinheiro traz felicidade?

O que a ciência nos mostra sobre a relação do dinheiro com a felicidade? Acesse e confira!

Esta é uma pergunta complexa e cientistas do mundo todo já fizeram uma série de experimentos para respondê-la. Os estudos mostram que, se bem utilizado, o dinheiro pode trazer felicidade sim, mas claro que sozinho ele não é suficiente para tal. Na realidade, o dinheiro ajuda mais as pessoas a saírem da pobreza e da miséria, facilitando suas vidas e diminuindo a possibilidade de tristeza. Porém, isso não significa que magnatas são mais felizes, muito pelo contrário, as estatísticas demonstram que a classe média é que conta com as pessoas mais felizes do mundo.

A propósito… Você sabe qual é o país mais feliz do mundo?

A resposta a essa pergunta ajuda a entender que não são os países mais ricos os mais felizes. Aposto que você pensou em nomes como Finlândia ou Noruega, não é mesmo?
E esses são sim países em que a qualidade de vida é elevada. Mas, segundo o relatório oficial do Gallup Global Emotions (2019), o país com as pessoas mais felizes do mundo é o nosso vizinho Paraguai.

De qualquer modo, o dinheiro pode ajudar a comprar a felicidade. Porém, ela é mais barata do que você imagina. Não se trata de comprar todos os bens materiais possíveis e imagináveis, mas há algumas coisas que você pode fazer com suas finanças que, segundo a ciência, te deixarão mais feliz. Confira:


 1) Gaste com outras pessoas


Cientistas descobriram que fazer os outros felizes, pode te tornar mais feliz também. Segundo a pesquisadora Lara Aknin (Universidade Simon Fraser), doar dinheiro, mesmo que você deixe de comprar algo para si, pode não só trazer felicidade, mas também aumentar a sua renda. Em um experimento, os pesquisadores perceberam que a cada dólar doado, a pessoa recebia U$3 no futuro.

Inclusive, você sabia que o maior investidor de todos os tempos, apesar de ser bilionário, vive com um salário anual de 100 mil dólares? Ele também vive na mesma casa desde 1958.

"A minha felicidade está na forma como eu gasto o meu dinheiro, e não como eu ganho" - Warren Buffet

2)    Compre experiências

Os pesquisadores Pchelin e Howell (2014), descobriram que pessoas são mais felizes quando usam seu dinheiro para comprar experiências ao invés de bens materiais. Isso porque bens materiais trazem uma felicidade hedônica, ou seja, momentânea. O mesmo ocorre ao comer um chocolate ou outra comida boa, uma bebida, etc.

O problema dos bens materiais e da felicidade hedônica é que você se acostuma com essa riqueza: você compra um bem e automaticamente fica mais feliz. Mas é um “pico de felicidade” que passa rápido e, na sequência, você irá querer mais, algo maior.

É diferente da felicidade eudaimônica, que é a felicidade duradoura, daquela viagem, que fica na memória. Tente se lembrar: qual foi o último sapato que você comprou? Agora pense na última viagem… É provável que a última seja mais fácil de recordar.

Mas, se você for comprar bens materiais, certifique-se de que eles têm a ver com a sua personalidade.
Por exemplo, se você é professor, pode gostar de comprar livros. Com o autoconhecimento você consegue entender quais são os bens que realmente te deixarão feliz por mais tempo.

Segundo Daniel Kahneman, autor do livro “Rápido e Devagar - Duas Formas de Pensar”, há certo momento que a felicidade chega em um limite e não importa quanto mais que você ganha, não fará diferença.

Não existe dinheiro ou bem material que sustente a felicidade pelo simples fato que a gente se acostuma com os bens.

3) Não se compare com os outros


O ser humano sempre se compara com as outras pessoas para entender como está sua vida, o problema é que sempre nos comparamos com quem tem mais, e isso traz insatisfação. A verdade é que sempre alguém terá mais dinheiro que você. Então, você não pode se basear nessas pessoas. A comparação social é um caminho para a infelicidade, e essa comparação está cada vez mais presente com as redes sociais.

Portanto, a realidade é que muita gente tem uma vida boa e não sabe. Tem um carro, uma casa, comida na mesa e daí a expressão “Eu era feliz e não sabia”. Então, o caminho é valorizar sempre o que temos, colocando pessoas e experiências sempre em primeiro lugar.

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